quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Adeus ano velho...

Primeiro: estou de férias. Isso significa que terei tempo livre para ler, tocar violão, assistir filmes e outras bobagens. Também terei mais tempo para escrever (coisa que provavelmente não farei) sobre os vários temas que pipocam em minha cabeça ociosa no momento.

Segundo: gostaria de fazer uma retrospectiva da minha vida em 2009, mas provavelmente entediaria as duas pessoas que lêem esse blog. Em vez disso vou agradecer três fatos importantes deste ano: aos meus amigos de sempre, as novas amizades que ganhei esse ano e a ampliação da minha independência. Também gostaria de agradecer uma velha amizade que não perdi.

Terceiro: Também gostaria de agradecer minha família e a minha namorada por estarem ao meu lado, mesmo que eu acabe brigando de vez em quando.

Quarto: As minhas resoluções de Ano Novo são as mesmas há 2 anos: independência e saúde. Para 2010 elas continuam.

Por último: Quero que 2010 seja um ano com muita saúde física, mental e financeira. Para todos, é claro. Abraços.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Não jogue suas revistas fora

Eu deveria ter sido um historiador ou um arqueólogo. Afinal gosto muito de saber o que aconteceu no passado. Quando criança, pensava em ser motorista de ambulância, policial e caminhoneiro, mas a primeira profissão de nível universitário que me chamou atenção foi a de arqueólogo. Eu devia ter uns 10 anos.

Tudo isso para falar do meu apreço por leitura de revistas velhas e seu valor histórico. Tenho em minha casa uma pilha de revistas velhas que fico relendo de vez em quando. É um exercício muito interessante, afinal podemos comparar a história recente (5, 10, 15 anos atrás) com os acontecimentos atuais. Política então é mais legal de ver, fica nítida aquele papo de que trocam os dedos e ficam os anéis.

Tenho uma recordação especial de uma entrevista de Caetano Veloso, comentando a suposta compra de votos de deputados federais promovida pelo Palácio do Planalto, ainda governado por Ficando Henrique Nervoso, para aprovar a reeleição consecutiva de cargos do executivo.

Somos um país que supostamente não tem memória, mas ainda não nos encontramos na utopia caótica de George Orwell, onde as histórias publicadas na imprensa são editadas mesmo após sua veiculação. Isso nos garante a possibilidade de visitar o passado e ver o planeta que vivíamos e comparar com o que vivemos. Acho que vamos notar poucas diferenças.

Esse tema vai continuar, afinal leio muita revista velha.

PS: Quem não conhece George Orwell não sabe o que está perdendo

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Chuva deixa 23 mortos em São Paulo – qual a novidade?

Jornalista é ocara que não entende de nada, mas costuma achar que sabe de tudo. Por isso, sem o menor conhecimento de políticas públicas, analisarei as chuvas e conseqüentes enchentes que tanto assolam nossa terra brasilis.

O que me impressiona é o desrespeito a lógica mais do que conhecida de nossa natureza. Todo observador desatento entende que, via de regra, outono e inverno são períodos secos. Esse mesmo observador percebe que primavera e verão são períodos úmidos, com bastante chuva. O mês de março, no final do verão, ganhou até referência musical por sua fama.

Eu realmente não entendo porque os administradores, eleitos pelo voto popular, não empregam recursos na contenção de catástrofes como vimos nesses últimos dias. De acordo com uma notícia publicada no UOL, foram 23 mortes desde o início de dezembro no Estado de São Paulo. Não estamos nem no dia 10.

Mesmo o mais atento dos observadores não consegue prever desastres da magnitude que temos visto, porém não é preciso ser nenhum gênio que o que se faz (se é que se faz) é insuficiente para evitar enchentes, deslizamentos, prejuízos materiais particulares e públicos e, principalmente, não evita morte.

Precisamos de políticas públicas para o futuro, com campanha educativa de limpeza e conservação pública, fiscalização firme contra a ocupação irregular, e política habitacional inclusiva, dando ao cidadão o direito de comprar uma casa num local seguro.

Discurso panfletário é um saco, mas me irrito de ver, há quase meus 30 anos, as mesmas notícias nessa época do ano.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A Geisy Arruda do Projac

Como todo pseudo intelectual ou “culturete”, como dizia um amigo meu, classifico as telenovelas como lixo cultural da mais péssima qualidade. A última que assisti foi “A próxima vítima”, ainda no último milênio. Mas não vim aqui espinafrar as novelas, mas sim uma atriz que participa de muitas. Senhoras e senhores, Suzana Vieira.

Podem me chamar de careta, quadrado, até reacionário.Não me importo. Mas essa senhora perdeu qualquer noção do ridículo faz muito tempo. O fato de namorar homens mais novos não é o problema, contudo fazer disso uma extensão dos dramas que interpreta nas telas é muito triste.

Até cheguei a ficar com pena dela após viver thriller a lá “Obsessão Fatal” na vida real, contracenando com aquele Marcelo “não-sei-das-quantas” que acabou morto após cheirar muita cocaína. Mas, o que me surpreendeu, menos de dois meses depois estava ela nas capas de revistas com um namorado que desta vez poderia ser seu neto, afirmando para todos os curiosos mórbidos que na idade de matusalém ainda gosta de fazer muito sexo.

Como já disse sou careta, quadrado e reacionário. Velhos têm o direito e o dever físico, espiritual e mental de fazer sexo. Só não precisa sair falando para todo mundo.

Não tenho visto nada dela ultimamente, só sei que vai fazer uma série chamada “Cinquentinha”, que pelo nome boa coisa não deve ser. Porém o simples fato de ver uma foto dela na internet me fez escrever essas más traçadas linhas. Eu poderia relembrar dezenas de coisas que irritam nela, mas vou ficar só por aqui.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Faça como eu. Troque a TV por um livro.

Em matéria de pequenas distrações, sou um cara dividido em três. Gosto de ler, tocar violão e assistir televisão. Não tenho uma ordem de preferência, mas reconheço que me entrego aos dois últimos itens com maior freqüência. Até porque consigo fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

Hoje, cansado de dar milhares de volta nos canais de minha TV e não achar nada para assistir, fiz para uma promessa para mim: Todo dia, á partir das 22h, vou desligar a televisão e ler um livro. A exceção será nas quintas-feiras, quando passa House.

É incrível como não passa nada que preste na maior parte do tempo na TV. Geralmente fico rodando na esperança de que uma pane na programação troque repentinamente os programas chatos por coisas legais. Igual quando estou com vontade de comer algo, abro a geladeira e não acho nada, mas continuo olhando de 15 em 15 minutos para ver se algo apareceu como mágica.

Estou lendo David Copperfield de Charles Dickens. Se eu ainda quiser terminar neste século terei de tomar essa medida drástica, afinal são 519 páginas com uma letra tão miúda, que em uma página de 21 centímetros cabem 54 linhas. Por essas razões, minha leitura não tem rendido. O que me obriga a parar de não ver nada na TV e começar a realmente ler.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Acabaram com a graça dos pontos corridos

Sou são-paulino e nas últimas rodadas deste Campeonato Brasileiro cheguei a acreditar que poderia comemorar o 4º título consecutivo esse ano. Porém o próprio futebol de meu time na penúltima rodada me mostrou ser impossível.

Até aí normal. Impossível ser campeão o tempo todo. O que me deixa com uma pulga atrás da orelha foi a atitude de dois times na reta final, Corinthians e Grêmio, que acabou definindo o título a favor do Flamengo nesta tarde.

O primeiro declarou aos 4 cantos que não iriam colaborar com São Paulo e Palmeiras. Entrou em campo contra o time da Gávea com um corpo mole, sem a menor vontade de por um pé na bola. Resultado 2 a 0 Flamengo, que assumiu a liderança do campeonato.

O Grêmio por sua vez, para evitar que seu eterno inimigo Internacional fosse campeão, levou um time reserva para enfrentar o mesmo Flamengo que, para ganhar o campeonato sem depender de ninguém, deveria vencer a partida de hoje. Foi 2 a 1 de virada para os cariocas. O Grêmio até saiu na frente e mostrou empenho, mas fica um cheiro estranho no ar.

A meu ver esses dois times mancharam o campeonato. Não pelos resultados, mas pelas insinuações de que teriam o poder de prejudicar os outros, o aparente descaso que trataram as últimas rodadas e pelo fato de não estarem disputando mais nada. Revoltante.

OBS: Queria entender como um time como o Corinthians consegue ficar de férias desde a final da Copa do Brasil.

Qual o tamanho de um erro para anular vários acertos?

Primeiro. Tenho vivido num mundo de cabeça para baixo. Com excesso de sangue em meu cérebro não consigo pensar com clareza o suficiente para manter minha meta de escrever todos os dias. Mas vou continuar tentando.

Agora ao que me propus discorrer: Sou um grande fã de Beatles. Para mim não existe dúvida de que os caras revolucionaram a música, o consumo e a arte pop.

Como todo fã deles, tenho um beatle para chamar de meu: o economicamente preciso George Harrison. Acho que gosto mais dele pelo fato de ser guitarrista e tímido, mas isso é outra história.

Gosto pessoal a parte, reconheço que os autores das melhores músicas do fab four eram Lennon & McCartney, mas como todo mundo, desconfio da veracidade dessa assinatura. Sempre tive certeza de o verdadeiro autor da música era aquele que a cantava, fato que anão altera a qualidade das músicas, tirando Obladi Oblada, que é ruim de doer.

Os Beatles acabaram e cada um seguiu seu caminho. A carreira solo de cada um deles nem esbarra na qualidade da banda que os revelaram para o mundo, mas tem um que realmente pois tudo a perder com uma única música. Ladies and Gentlemens, Sir McCartney.

Ebony and Ivory é de longe a música mais brega, piegas, mofada e ridícula que conheço. É difícil acreditar que a mesma pessoa que compôs e cantou Helter Skelter, de longe a música mais punk dos Beatles, foi capaz de fazer uma merda tão grande.

Não posso desmerecer toda a obra de Paul McCartney por conta dessa música, mas tenho menos respeito por ele por conta dela. Isso não muda nada na vida dele, nem no mundo, mas que Ebony and Ivory me causa aquele sentimento de vergonha alheia, isso causa.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A erosão promovida pelo tempo


Astros do rock não podem envelhecer. Uma pessoa que passou boa parte da vida agindo como um eterno adolescente, não pode mostrar os sinais da implacável desconstrução física que o tempo impõe.

Escrevo isso após ver uma imagem de Jimmy Page, ex-guitarrista do Led Zeppelin, e seus cabelos brancos. O Led é mundialmente famoso pelas suas músicas (que do jeito que gosto, ainda falarei muito sobre elas), e se tornou mitológica por suas loucuras durante as turnês.

As loucuras eram, em sua maioria, protagonizadas por Robert Plant e John Bonham, mas, por exemplo, foi Jimmy Page quem comprou um castelo de Aleister Crowley, famoso satanista inglês.

Voltando ao assunto. Ao vê-lo com os cabelos grisalhos, não pude deixar de comparar a atual imagem desgastada de Page com a imortal figura de outro Jimi, o Hendrix, empunhando sua guitarra no auge de sua juventude.

Não faço aqui uma apologia à morte prematura de ídolos do rock, nem que uma pessoa fica muito velha para o rock’n roll, porém dá uma certa tristeza ver a ação do tempo, que passa para todos, nessas pessoas.

PS: Contrariando um amigo, que acredita que o layout do socialmente desajustado não vai bem com foto, vou postar a imagem de Page mesmo assim.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lições de telejornalismo


O que vou escrever é impreciso e sobre uma notícia velha. Tem um programa do canal Sony chamado “The Daily Show” que costumo acompanhar em minhas noites insones. Ele consiste em apresentar, de maneira bem humorada, as notícias de destaque da imprensa televisiva norte-americana.

Há algumas semanas, vi a cobertura de uma mobilização em Washington DC, em frente a Casa Branca, a favor de um projeto de lei que legaliza a união civil entre homossexuais. Conservadores até o caroço, os americanos acompanharam esse fato pela televisão sem ter a real perspectiva do que se tratava de fato.

Em suas matérias, os repórteres dos telejornais apresentavam a mobilização de maneira simplista, preconceituosa e minimizada, mas com imagem. Até aí normal. A Globo por aqui também é especialista em minimizar ou amplificar fatos de acordo com seus interesses comerciais.

Porém me chamou atenção a cobertura feita pela Fox News. A emissora tem uma sede de frente para a Casa Branca, mesmo local da mobilização, e não se dignou a mandar, no dia, uma equipe para cobrir in loco. A direção de jornalismo preferiu mandar, no dia seguinte, uma repórter para mostrar as imagens do local onde foi a passeata vazio, sem uma única alma viva. Uma aula do que não é jornalismo.

Esse fato é cômico. Não retrata nem metade do jornalismo tendencioso de direita que ajudou a eleger George W. Bush.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sou antigo, mas nem tanto...

Sempre fui um cara avesso a novas tecnologias. Sou daquele tipo de idiota que as vezes diz: “Eu nasci na década errada. Devia ter nascido nos anos 50”. Por conta disso demoro séculos para me familiarizar com as melhorias do mundo cada vez mais moderno.

Hoje em dia o YouTube é algo incorporado ao meu dia-a-dia, mas me lembro da relutância que tive em usá-lo. Para mim não existia nada mais bobo e inútil do que um site que tinha vídeos das mais diversas naturezas. Até que um dia o desafiei: fui atrás de clipes que na via há séculos na televisão, desde quando a MTV extinguiu o Gás Total (alguém com menos de 25 anos sabe quem é Gastão Moreira?). E estavam todos lá.

Ainda sou antiquado, minha relação com o YouTube é quase que somente musical. Raramente vou atrás de vídeos engraçados ou tragédias de proporções bíblicas. Deixo aqui o endereço do clipe que me uniu a essa maravilha. Copia e cola no navegador

Um dia aprendo a mexer direito nesse troço.

http://www.youtube.com/watch?v=wyokRzdDQ9A

Futebol real x virtual

Este fim de semana vi o meu Tricolor abrir 2 míseros pontos de vantagem na liderança desse Brasileirão sobre o Flamengo. Algo inesperado de se ver até para o mais otimista dos são-paulinos. Enfim, coisas do nobre esporte bretão.

Classifico o futebol em dois: o real e o virtual. O primeiro é aquele que opera no campo dos negócios e negociatas, interesses pessoais e a tranqüilidade dos envolvidos em saber que é só um jogo ou um campeonato. O segundo é aquele das torcidas e seus delírios coletivos de competição de vida ou morte, cada jogo é “o” jogo, cada campeonato poderá ser o último título conquistado.

Fica óbvio constatar que a paixão fica quase que restrita ao segundo campo, mas nesse campeonato sinto algo diferente. Vejo que o futebol real se tornou passional. O resto do Brasil odeia o São Paulo.

Desde o início deste campeonato tenho uma cisma: estão todos contra meu time. Não acho que esteja sendo prejudicado em demasia, nem que estejam sendo desleal com os jogadores são-paulinos, mas sinto a explosão alegria debochada, de quase todos, com os tombos do tricolor do Morumbi. Até o Tostão já deu a pinta de torcer contra o São Paulo a favor do clube da Gávea.

São Paulo, Flamengo e Palmeiras estão na disputa. A tabela favorece mais o Flamengo, mas vamos ver no que vai dar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fear of the dark

Quando criança eu tinha um medo normal de escuro. Assistia muito filme de terror e isso, obviamente, refletia num certo desespero noturno até o cansaço me derrotar e eu dormir.

Hoje, com quase 30 anos, não sinto mais medo de escuro, pelo contrário só durmo na penumbra total, mas esse apagão de anteontem me fez lembrar de como a escuridão mexe com a percepção das pessoas.

Estava neste dia saindo do banho, quando fui jogado nas trevas por conta de algum incompetente que não fez o serviço direito. Blackout total. Com dificuldade para ver as coisas, me vesti e tentei ligar sem sucesso para minha namorada. Começa aqui a se alterar minha percepção.

No visor do meu celular apareceu a mensagem “somente para chamadas de emergência”, e fiquei imaginando o que de tão grave estava acontecendo para eu me deparar com tal mensagem.

Liguei o rádio e pus na CBN. A voz solitária da locutora me informava que o país tava no escuro. Repórteres entravam falando de outras cidades confirmando o caos instaurado por conta da situação. Até que ela tentou falar com alguém em Santos e ficou um silencio sepulcral do outro lado. Pensei: Seria o Armagedon? Logo outro pensamento me ocorreu: como os meios de comunicação em tempo real informariam o final do mundo? Estava com sono e nem pensei na resposta. Fui dormir.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A árdua tarefa da estréia...

Sempre tive fascinação por blogs. Acreditava que seria um instrumento da democratização e diversidade da comunicação. Porém, mesmo achando isso, sempre tive preguiça para esse tipo de coisa. Não sou muito afeito a ler opiniões uma vez que tenho as minhas, inclusive sobre assuntos que desconheço totalmente.

Mas eu mudei. Hoje em dia leio e valorizo a pluralidade de opinião. E por conta disso, acabei convencido a divulgar minhas singulares opiniões nessa imensa rede virtual.

Estou aqui fazendo minha estréia na cara e na coragem, sem nenhum tema específico para discorrer no momento, mas pretendo praticar nesse blog um conselho de Luiz Fernando Veríssimo: para escrever bem, tem que escrever todo dia. Atualização diária não é um compromisso. É uma intenção.

Hoje fico por aqui. Até amanhã!