quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Chuva deixa 23 mortos em São Paulo – qual a novidade?

Jornalista é ocara que não entende de nada, mas costuma achar que sabe de tudo. Por isso, sem o menor conhecimento de políticas públicas, analisarei as chuvas e conseqüentes enchentes que tanto assolam nossa terra brasilis.

O que me impressiona é o desrespeito a lógica mais do que conhecida de nossa natureza. Todo observador desatento entende que, via de regra, outono e inverno são períodos secos. Esse mesmo observador percebe que primavera e verão são períodos úmidos, com bastante chuva. O mês de março, no final do verão, ganhou até referência musical por sua fama.

Eu realmente não entendo porque os administradores, eleitos pelo voto popular, não empregam recursos na contenção de catástrofes como vimos nesses últimos dias. De acordo com uma notícia publicada no UOL, foram 23 mortes desde o início de dezembro no Estado de São Paulo. Não estamos nem no dia 10.

Mesmo o mais atento dos observadores não consegue prever desastres da magnitude que temos visto, porém não é preciso ser nenhum gênio que o que se faz (se é que se faz) é insuficiente para evitar enchentes, deslizamentos, prejuízos materiais particulares e públicos e, principalmente, não evita morte.

Precisamos de políticas públicas para o futuro, com campanha educativa de limpeza e conservação pública, fiscalização firme contra a ocupação irregular, e política habitacional inclusiva, dando ao cidadão o direito de comprar uma casa num local seguro.

Discurso panfletário é um saco, mas me irrito de ver, há quase meus 30 anos, as mesmas notícias nessa época do ano.

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