
O que vou escrever é impreciso e sobre uma notícia velha. Tem um programa do canal Sony chamado “The Daily Show” que costumo acompanhar em minhas noites insones. Ele consiste em apresentar, de maneira bem humorada, as notícias de destaque da imprensa televisiva norte-americana.
Há algumas semanas, vi a cobertura de uma mobilização em Washington DC, em frente a Casa Branca, a favor de um projeto de lei que legaliza a união civil entre homossexuais. Conservadores até o caroço, os americanos acompanharam esse fato pela televisão sem ter a real perspectiva do que se tratava de fato.
Em suas matérias, os repórteres dos telejornais apresentavam a mobilização de maneira simplista, preconceituosa e minimizada, mas com imagem. Até aí normal. A Globo por aqui também é especialista em minimizar ou amplificar fatos de acordo com seus interesses comerciais.
Porém me chamou atenção a cobertura feita pela Fox News. A emissora tem uma sede de frente para a Casa Branca, mesmo local da mobilização, e não se dignou a mandar, no dia, uma equipe para cobrir in loco. A direção de jornalismo preferiu mandar, no dia seguinte, uma repórter para mostrar as imagens do local onde foi a passeata vazio, sem uma única alma viva. Uma aula do que não é jornalismo.
Esse fato é cômico. Não retrata nem metade do jornalismo tendencioso de direita que ajudou a eleger George W. Bush.
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